Empresa imobiliária. Pedro Duarte considera "ridículas" as dúvidas em relação ao primeiro-ministro

por Mariana Ribeiro Soares - RTP
António Pedro Santos - Lusa

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, considera "ridículas" as dúvidas em relação à empresa imobiliária da família do primeiro-ministro e reforça que não há conflito de interesses em relação ao código de conduta do Governo.

“O primeiro-ministro tem mostrado que apesar de haver um conjunto significativo de momento em que se tenta atacar a sua integralidade e verticalidade, ele tem uma conduta que é à prova de bala”, disse Pedro Duarte esta terça-feira, em declarações aos jornalistas.

Questionado sobre o silêncio do primeiro-ministro em relação a esta polémica, o ministro dos Assuntos Parlamentares defendeu que o “primeiro-ministro não tem de passar 24 horas a dar esclarecimentos a dúvidas que são relativamente ridículas”.

“Ele saberá escolher o momento próprio e adequado para falar ao país”, disse Pedro Duarte.
O ministro reforça que não há conflito de interesses em relação ao código de conduta do Governo e lembra que Luís Montenegro já deu explicações.

“O tema em si, se analisarmos com cuidado, não faz sentido. Não há ali qualquer questão que tenha qualquer relevância do ponto de vista daquilo que é a conduta e o comportamento do primeiro-ministro”, asseverou.

Moção de censura é “manobra de diversão”
Em relação à moção de censura apresentada pelo Chega, Pedro Duarte diz que é “uma manobra de diversão para desviar as atenções de problemas próprios”.

O Chega tinha dado um prazo ao Governo para dar mais explicações sobre o negócio da mulher e dos filhos do primeiro-ministro. Não tendo sido dada mais informação, o partido avançou para a moção de censura.

A moção de censura foi entregue esta terça-feira. De acordo com a lei, a mesma deve ser debatida três dias após ter sido entregue, ou seja, sexta-feira – dia em que o Governo está de regresso da cimeira luso-brasileira, que decorrerá em Brasília.

Questionado sobre este “timing”, Pedro Duarte diz que o Governo “respeita o Parlamento e as suas regras e aquilo que for decidido, o Governo respeitará”.

A notícia que dá conta do alegado conflito de interesses foi avançada pelo Correio da Manhã. Em causa está uma empresa imobiliária de que a mulher e os dois filhos do chefe do Governo são sócios.

Em declarações ao jornal, o primeiro-ministro reafirma que não há conflito de interesses e garante que a empresa não vai beneficiar da alteração à lei dos solos, aprovada pelo seu executivo. Montenegro garante ainda que o negócio não viola o código de conduta que assinou para o executivo que lidera.
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